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BitGo solicita IPO nos EUA com US$ 90 bilhões em custódia

A BitGo, uma empresa focada em custódia de criptomoedas, acaba de dar um passo importante ao solicitar uma oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos. Esse movimento busca aproveitar a crescente procura por infraestrutura de ativos digitais, especialmente com as recentes mudanças ocorridas durante o governo Trump.

Com essa iniciativa, a BitGo planeja listar suas ações ordinárias Classe A na Bolsa de Valores de Nova York, sob o símbolo “BTGO”. O registro para o IPO foi encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) na última sexta-feira. Até junho de 2025, a empresa, que tem sede em Palo Alto, já geria cerca de US$ 90,3 bilhões em ativos em sua plataforma. Ela atende a mais de 4.600 clientes e possui uma base de 1,1 milhão de usuários espalhados por 100 países.

A BitGo se destaca por oferecer suporte a mais de 1.400 ativos digitais, servindo não apenas empresas do setor, mas também instituições financeiras, governos e investidores de alto patrimônio. Além disso, a empresa conta com US$ 250 milhões em cobertura de seguro e já completou auditorias de Controle de Organização de Serviços (SOC) 1 e SOC 2, o que traz mais confiança para seus usuários.

CEO da BitGo mantém controle da empresa

O CEO e cofundador da BitGo, Michael Belshe, continuará a ter um peso significativo nas decisões da empresa devido a uma estrutura de ações de duas classes. Com isso, as ações Classe B têm 15 votos cada, enquanto as Classe A garantem apenas um voto. Essa configuração permite que a BitGo seja considerada uma “empresa controlada”, segundo as regras da NYSE, reduzindo a necessidade de seguir certos padrões de governança.

Recentemente, a BitGo também conseguiu uma licença estendida da Autoridade Federal de Supervisão Financeira da Alemanha (BaFin). Isso permite que a empresa europeia forneça serviços como negociação, custódia e staking, além de transferências sob a nova estrutura regulatória de Mercados de Criptoativos (MiCA) da União Europeia. Essa movimentação é mais um sinal do fortalecimento da presença da BitGo no mercado.

US Bancorp reaparece no cenário de custódia de criptomoedas

Outra notícia relevante no setor é o retorno do US Bancorp aos serviços de custódia de ativos digitais, especialmente para gestores de investimentos institucionais. Essa decisão veio após uma alteração regulatória do governo Trump, que revogou uma regra da SEC que exigia que bancos mantivessem capital contra operações relacionadas a criptomoedas.

O US Bancorp havia lançado esses serviços em 2021, em parceria com a NYDIG, mas precisou interromper suas atividades por conta de restrições de conformidade. Agora, com a nova regra, eles estão prontos para retomar a operação no mercado de criptomoedas.

Vale destacar que a movimentação no setor de custódia de criptomoedas não se limita apenas a essas duas empresas. Um número crescente de instituições tradicionais tem buscado entrar nesse mercado. Por exemplo, em julho, o Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, anunciou planos para permitir que seus clientes armazenem criptomoedas como o Bitcoin já no ano que vem. Além disso, o Citigroup também está considerando a possibilidade de oferecer serviços de custódia e pagamentos de criptomoedas.

Essas iniciativas refletem um crescimento contínuo do interesse e da confiança em ativos digitais, que parecem estar conquistando espaço em um cenário financeiro cada vez mais diversificado.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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